Capitão AZA ou Capitão Furacão ?

Nos primeiros anos da minha infância, eu curtia TV nos modestos horários dedicados ao público infantil. A TV era irremediavelmente preto e branco, nunca maior que 17 polegadas e o som e imagem estavam permanentemente sujeitos às mais diversas interferências. Enceradeiras e liquidificadores eram os campeões. Um esbarrão na antena era suficiente para acabar com o prazer de ver TV, e geralmente a imagem só ficava boa com a antena nas mais exóticas posições.

Nesta época, na década de 60, podiamos escolher entre a vasta opção de três canais de TV no Rio de Janeiro: TV Globo (canal 4), TV Tupy (Canal 6) e Canal 13 (Mas ninguem assistia). Então na prática existiam apenas duas opções para o público infantil.

Na TV Globo, quem comandava os programas infantis era Capitão Furacão, um velho e experiente lobo do mar, interpretado pelo ator Pietro Mario Francesco. No ar desde 1965, o Capitão Furacão usava um quepe de comandante e uma jaqueta. Sempre manobrando um timão, lia as cartas e chamava as atrações. O velho lobo do mar era assistido por seus Grumetes, destacando-se uma bela e jovem menina, a Elizângela, aquela mesmo que hoje assistimos nas novelas da Globo.

Foto do Capitão Furacão
Foto do Capitão Furacão

Na extinta TV Tupi o Capitão AZA, é assim mesmo com Z, comandava a gurizada. AZA era um experiente piloto da FAB. Em plena ditadura militar, o personagem foi criado como homenagem a um falecido herói da FAB, chamado Azambuja, que lutou na Seguda Guerra Mundial, conhecido por AZA entre os colegas.

Quem lembra ?

“… Alô, alô Sumaré! Alô, alô Embratel! Alô, alô Intelsat 4! Alô, alô criançada do meu Brasil!, aqui quem fala é o Capitão Aza, comandante e chefe das forças armadas infantis deste Brasil”.

 

Assim começava o programa do Capitão AZA.

Capitão AZA era o idolo da molecada, eu mesmo quando criança fui ao aterro do Flamengo recebe-lo. Ele chegou de helicoptero para alegria dos pequenos fãs.

Foto do Capitão Aza
Foto do Capitão Aza

Saiba mais sobre o Capitão AZA, Capitão Furação e programas da TV Brasileira dos anos 60.

Orientação ao procedimento – Uma introdução

Há dez anos a minha primeira publicação na Internet foi um site focado em O&M (Organização e Métodos). Neste site eu publicava minhas teorias, desenvolvidas com base nos cinco anos anteriores, de forma bem didática. Apesar da Internet ser pouco popular no Brasil em 96, eu já tinha um pequeno público de leitores interessados, e até recebi alguns depoimentos de empresários que estavam aplicando minhas teorias em suas Empresas.

Screenshot da velha versão do site Orientação ao procedimento
Screenshot da velha versão do site Orientação ao procedimento

Durante um ano eu publiquei quatro artigos da série :

  • Orientação ao procedimento – ou a reengenharia da micro e pequena empresa.
  • Recepção – A porta de Entrada da Empresa.
  • Recepção – A porta de Saída da Empresa.
  • Arquivo Central – Reduzindo a papelada.

Entretanto, no ano seguinte, o sucesso meteórico de minha relação com o Flash, que deu inicio ao Flash Brasil, me afastou deste projeto de O&M.

Dez anos depois decidi publicar novamente estes artigos, e dar continuidade ao projeto. Este tempo foi suficiente para tornar obsoleta muitas práticas e apresentar novas soluções tecnológicas muito mais eficientes. Por esta razão a re-publicação não será apenas copiar os textos originais e cola-los aqui. As teorias terão de ser repensadas e adaptadas para tirar proveito dos recursos atuais, vamos ver no que vai dar…

Ô moleque chato !

Desde criança, sempre fui fascinado pelo futuro. Nascido na década de 60, assisti em tempo real os astronautas pousarem na Lua, assistia Perdidos no espaço, Tunel do Tempo, Viagem ao fundo do mar, sempre fui fã de Julio Verne e Irwin Allen, e sempre achei o futuro mais interessante do quê o passado. Conversava com meus Pais, Tios e Avós que deveriam imaginar: “Ai ! Lá vem aquele garoto falar de futuro novamente…”.

Pois é, aos poucos fui montando meu senso crítico e descobri que a grande maioria das previsões futurísticas dos meus parentes era furada, ou pior, eram apenas respostas evasivas à uma mente borbulhante.

Não demorou muito para surpreender minha familia novamente, agora eu gostava mesmo era de conversar com os mais velhos, quanto mais velho melhor. Aos sete anos eu descobri que os velhos adoram falar, e minha curiosidade me tornava um bom ouvinte, era o queridinho dos velhinhos. Mas a surpressa mesmo era que eu não perguntava mais do futuro, e sim do passado. Eu queria saber como era a educação, lazer, relacionamentos, e tudo mais no tempo deles. Depois o papo mudou para os meus Tios e meus Pais, dai a coisa foi evoluindo para os primos mais velhos. Tudo que eu queria eram sólidos fundamentos do passado, e do futuro do passado para servirem de background nas minhas elocubrações futurísticas.

Toda esta pesquisa levou alguns anos, mas me fez concluir, aos nove anos, que a evolução não era constante, e sim que aumentava de intensidade com o tempo, eu não tinha conhecimento suficiente para falar que era uma progressão geométrica, mas era mais ou menos isto que pensava. Por exemplo, para meus avós, as coisas não mudaram tanto ao longo de suas vidas, como para meus primos ao longo de poucos anos…

Dai em diante me tornei viciado em informação, era um devorador de enciclopédias, livros, revistas e documentários. Adorava o Amaral Neto Reporter, Mike Nelson e o programa Mundo Animal.

Você deve estar imaginando que eu era um moleque gordinho que ficava quieto no seu lugar, ledo engano, era um garoto esquálido que fazia arte, muita arte durante o dia, e fazia minhas “pesquisas” à noite, já que na TV a unica coisa legal, à noite, era a novela Irmãos Coragem.

O pequeno devorador de informações, estava montando seu background, já percebia aos onze anos que vários fatores externos retro-alimentavam a evolução, e que eles também deveriam ser levado em contas nas minhas elocubrações futurísticas. Ouvi muito falar do impacto da Revolução Industrial, da forma de pensar de Henry Ford, e comecei a me interessar pela forma de pensar dos cientistas. Hoje meus ídolos são Albert Einstein e Stephen Hawking.

Conheça o meu universo

Hoje de manhã tive a grata satisfação de poder participar do abaixo assinado em favor do projeto de lei para reduzir a impunidade, iniciativa do pai de Gabriela. Recebi um Jornal interessante e lá tinha um link para o Bala Perdida. Quando entrei no site vi que estava de volta ao meu universo, voltei a me sentir parte do mundo que habito. A verdade estava lá nua e crua, sem demagogia e sem meias palavras.

Chega de mentiras, vamos mostrar a verdade nua e crua vamos fazer a nossa parte.

Diga não aos políticos demagogos, diga não ao Casalzinho, diga não a toda esta “cambada” que esta ai detonando o nosso dinheiro.

Universo paralelo

Não sei se isto é só comigo, mas toda vez que vejo noticias sobre o crescimento econômico, fico com a nitida sensação de que vivo em um universo paralelo. Falam que a econômia cresceu e que o nível de desemprego diminiui. Caramba !!! Onde ? Aqui no meu país ? Na minha cidade ?

Olho em volta procurando sinais de crescimento, converso com amigos empresários, converso com desconhecidos, e ninguem sabe, crescimento econômico no Brasil é que nem “pé de cobra”, dizem que existe mas ninguem viu.

Mas existe uma explicação, os números não mentem, mas também não falam a verdade. Existe realmente um aumento da exportação, e isto eleva o indice de crescimento, e realmente alguem esta ganhando, mas não reflete na sociedade em geral. O dia em que anunciarem que houve um crescimento no faturamento das MPE (Micro e pequenas Empresas), ai sim vou acreditar que gente que nem eu esta vendo o crescimento econômico.

Enquanto isto não acontece deixa eu voltar para meu universo paralelo….