Uma panorâmica do BlogcampES

Em primeiro lugar foi uma gratificante oportunidade poder participar do Blogcamp ES, agradeço ao convite do Thalles, que acreditem, somente no meio da noite de quinta, já com todo mundo na “lama” é que eu saquei que era o mesmo Thalles que participou da organização do Mega Não em Vitória. Também agradeço ao gente finissima Fabio Malini e a elétrica Emily. Tive o prazer de conhecer pessoas bastante interessantes, conversar com muita gente inteligente e bonita. Fiquei fascinado com a história de vida da Carla Coutinho, virei fã da menina. Me tornei o sétimo leitor do blog da Gabi Dornelas, me contagiei com o bom humor irradiante do Raphael Mendes, mais um bem sucedido pró blogger que conheci. Também conheci o Marcos Eduardo, que espero não ter acho o meu style fat 80’s demodê :). Na “lama” conheci ainda mais gente bacana, é que sou péssimo para guardar nomes, mas ela se lembra que na “lama” ficou na segunda cadeira do meu lado, e confirmou a minha identidade secreta: Sim eu sou o Caribé. Teve ainda a jovem menina do lado da Gabi.

No sábado tive a satisfação de acordar e olhar o mar pela janela, com os raios de sol perfurando as poucas nuvens, uma visão estimulante. Me supreendi ao fazer o checkout no Best Western Pier Vitória Hotel, o primeiro de dezenas de hoteis onde me hospedei que não existe a presunção da culpa, ou seja, ninguém fica te enrolando na recepção enquanto um funcionário vai no apartamento ver se você não roubou nada, até mesmo para o frigobar a atendente pergunta: O que o senhor consumiu? Uau! Ninguém foi la olhar se eu estava mentindo!

No BlogCamp

Na minha participação com o imprescindível Henrique Antoun, no painel Blogs e Ciberativismo, comecei com uma breve história na Internet, e entramos a fundo no assunto. A quantidade de participantes e a qualidade dos comentários transformou um painel Blogs e Ciberativismo numa irresistivel desconferência que só terminou as 13h porque o Antoun tinha de ir e eu acabei indo junto para o Rio. No painel diversas frases foram twittadas e falamos de um monte de coisas que tinham um monte de links, bom então seguem os links:

Mantras da Irracionalidade:

Mito midiático da gripe suína

Teses, teorias e manifestos

Blogs, redes, coletivos e bookmarks

Videos e livros citados

  • Video – Fahrenheit 11 de setembro (Indispensável)
  • Video – Fahrenheit 451 (distopia)
  • Video – Obrigado por fumar (Nao lembro quem citou)
  • Video – Muito Alem do cidadão Kane
  • Video – A Revolução não será televisionada
  • Video – A Corporação (The Corporation)
  • Livro – 1984 – George Orwell
  • Livro – Admiravel mundo novo – Aldous Huxley
  • Periódico – Feed-se Democracia

Por enquanto é isto, recomendo a leitura dos links para quem deseja se aprofundar mais no tema, e para aqueles que pretendem fazer seus TCCs e Teses baseado no tema, se precisar de ajuda é só falar.

Manifesto da Cultura Livre

Tomei a liberdade de fazer uma tradução à “toque de caixa” do Manifesto da Cultura Livre, publicado originalmente pelo coletivo Free Culture, como segue:

A missão do movimento da Cultura Livre é construir uma estrutura participativa para a sociedade e para a cultura, de baixo para cima, ao contrário da estrutura proprietária, fechada, de cima para baixo. Através da forma democratica da tecnologia digital e da internet, podemos disponibilizar ferramentaas para criação, distribuição, comunicação e colaboração, ensinando e aprendendo através da mão da pessoa comum – e através da verdadeiramente ativa , informada e conectada cidadania: injustiça e opressão serão lentamente eliminadas do planeta.

Nos acreditamos que a Cultura deve ser uma construção participativa de duas mãos, e não meramente  de consumo. Não nos contentaremos em sentar passivamente na frente de um tubo de imagem de midia de mão única. Com a Internet e outros avanços, a tecnologia existe para a criação de novos paradigmas, um deles é que qualquer um pode ser um artista, e qualquer um pode ser bem sucedido baseado em seus méritos e não nas conexões da industria.

Nos negamos a aceitar o futuro do feudalismo digital, onde nos não somos donos dos produtos que compramos, mas nos são meramente garantidos uso limitado enquanto nos pagamos pelo seu uso. Nos devemos parar e inverter a recente e radical expansão dos direitos da propriedade intelectual que ameaçam chegar a um ponto onde se sobreporão a todos os outros direitos do indivíduo e da sociedade.

A liberdade de construir sobre o passado é necessária para a prosperidade da criatividade e da inovação. Nós iremos usar e promover o nosso patrimônio cultural, no domínio público. Faremos, compartilharemos, adaptaremos e promoveremos conteúdo aberto. Iremos ouvir a música livre, apreciar a arte livre, assistir filmes livres, e ler livros livres. Todo o tempo, iremos contribuir, discutir, comentar, criticar, melhorar, improvisar, remixar, modificar, e acrescentar ainda mais ingredientes para a “sopa” da cultura livre.

Ajudaremos todo mundo à entender o valor da nossa abundância cultural, promovendo o software livre a o modelo open source. Vamos resistir à legislação repressiva que ameaça as liberdades civis e impede a inovação. Iremos nos opor aos dispositivos de monitoramento à nivel de hardware que impedirão que os usuários tenham controle de suas próprias máquinas e seus próprios dados.

Não permitiremos que a indústria de conteúdo se agarre à seus obsoletos modelos de distribuição através de uma legislação ruim. Nós seremos participantes ativos em uma cultura livre de conectividade e produção, que se tornou possível como nunca antes pela Internet e tecnologias digitais, e iremos lutar para evitar que este novo potencial seja destruído por empresas e controle legislativo. Se permitirmos que a estrutura participativa, e de baixo para cima, da Internet seja trocada por um serviço de TV a cabo – Se deixarmos que paradigma estabelecido para criação e distribuição se reafirme – Então a janela de oportunidade aberta pela Internet terá sido fechada, e  teremos perdido algo bonito, revolucionário e irrecuperável.

O futuro esta em nossas mãos, devemos construir um movimento tecnológico e cultural para defender o comum digital.

Leia, divulgue, replique, traduza, republique mas não fique ai parado!

Publicado também no Trezentos , Xô Censura e no meu blog no Cultura Digital